Incêndios Domésticos

Imgem retirada da net
(http://images.laweekly.com/imager/b/original/2894893/ee2e/firepsa.jpg)

Há determinadas situações que só sabemos como vamos reagir até passar por elas. Na teórica é uma coisa e na prática é outra. A adrenalina do momento pode dar para fazermos a coisa certa como pode dar para tomarmos a atitude errada. Recentemente tive um pequeno incêndio na minha cozinha. Nunca gostei de fazer fritos mas de vez em quando sabem bem e apetece "matar" saudades. Nunca gostei por vários motivos, porque os alimentos ficam cheios de gorduras e calorias, porque ficamos a cheirar a fritos até mais não, o cheiro e a gordura dos fritos fica empregando na casa toda, para não falar do facto de que muitas vezes podemos queimar-nos ou incendiar a casa. Há uns dias o meu marido pediu-me para fazer salsichas com batatas fritas. Um clássico de infância tão simples e estupidamente bom! Confesso que não me apetecia muito fazer fritos, mas como era uma coisa que já não se fazia há muito cá em casa e como era um pedido do meu "mais que tudo" lá anui! Correu tudo muito bem, afinal não era difícil! Fomos saborear calmamente aquele manjar (note-se que tenho uma cozinha fora da própria casa que foi onde fiz os fritos mas almoçámos na cozinha da casa). Quase no final do almoço comecei a pensar se teria desligado o fogão (ainda bem que isso me ocorreu). Durante a semana anda-se tão alucinado que há coisas que, sem querer, acabam por escapar. Corri para a cozinha de fora e mal entrei a porta deparei-me com o tacho completamente em chamas. Os níveis de adrenalina subiram-me à cabeça e tratei logo, apesar de desesperada, arranjar forma de extinguir o fogo. Tinha receio que o fogo saltasse dali ou que acabasse por haver uma explosão. Pedi socorro ao meu marido, que também ficou muito aflito com a situação. Ele agarrou um extintor e, sabendo que não era o extintor indicado, tentou resolver a situação na mesma. Mas sem sucesso. Também não tínhamos nenhuma manta de fogo, que teria sido bastante útil e seria o suficiente para resolver o problema. Quando o vidro do fogão estourou percebi que a situação estava a ficar cada vez mais descontrolada e era necessário agir depressa. Foi então que parei uns segundos e pensei nas regras básicas que se aprende na escola (e que afinal se revelaram bastante úteis). Pensei logo que o fogo é alimentado por oxigénio e que se lhe "cortasse" o oxigénio ele se apagaria. Encontrada a solução havia que encontrar o objeto certo para que a coisa resultasse. Foi então que pensei numa frigideira que julgava ser suficientemente grande para tapar o tacho. Poderia ter sido uma tampa de um tacho mas naquele momento eu sabia lá qual iria caber ali e tinha quase a certeza que a frigideira seria certinha. Corri para casa, agarrei a frigideira, voltei para a cozinha de fora e tapei o tacho. O fogo extinguiu-se de imediato. E acho que tão cedo não haverá fritos cá em casa! Há vários pontos que gostaria de salientar:

1º - Verificar sempre se desligámos o fogão;
2º - Em caso de fogo não atacar com a primeira coisa que aparece;
3º - Parar uns segundos (sei que uns segundos podem fazer a diferença mas apesar de tudo isto é importante) e refletir se é um fogo que conseguimos dominar ou se é necessária a ajuda dos bombeiros;
4º - Pensar nas regras básicas que aprendemos e tentar aplicá-las. Já sabemos que "cortar" o oxigénio ao fogo é uma boa solução;
5º - Tentar utilizar um objeto não inflamável e com tamanho suficiente para que seja mais eficaz;

Sei que isto parece sempre muito fácil mas na hora parece que os segundos são horas e parece que não conseguimos reagir. Mas nunca é demais ter estas coisas em conta.

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